Rock era o principal gênero que tocava na vitrola desde que nasci. Aos 6 anos, já não gostava quando meus pais escolhiam roupas que não faziam sentido pra mim. Aos 11, comecei a deixar as Barbies de lado para assistir a MTV que acabará de estrear por aqui. Foi aí que comecei a montar minha própria playlist. Eu amava tanto aquela atmosfera dos videoclipes que comecei a me inspirar nas bandas para compor meu visual. Calças rasgadas e desfiadas em casa, camisetas de bandas que eu tirava barras e golas, jaquetas do meu pai (a ideia era ficar enorme mesmo) e coturno compunham meu guarda roupa. Por muitos anos fui incompreendida pela sociedade e só aceita em casa, nos anos 90 era um escândalo ter cabelos coloridos. Aos 17 virei o jogo! Decidi que não prestaria vestibular, era muita pressão pra escolher algo que não fizesse meus olhos brilharem, até que… uma revista sobre profissões caiu no meu colo e eu tomei conhecimento que existia um curso de MODA! Fiquei encantada! No primeiro dia de aula já decidi que queria ser consultora de moda. Aos 21 me graduei com o desfile mais aplaudido da turma, o tema era “Barroco X Punk, o Sagrado X o Profano”. Sim, eu sempre gostei de coisas consideradas opostas, mas que para mim fazem todo o sentido.
Cursei produção de moda logo que me formei, o que me ajudou a treinar ainda mais
meu olhar em relação às cores, composição de looks e fotos. Depois de alguns cursos de curta duração, decidi me aprofundar e me formei consultora de estilo!
Tive a famosa crise de estilo aos 30 e quando percebi, meu armário era lindo, mas não
tinha nada de mim dentro dele. Até que resolvi aplicar meus conhecimentos e resgatar
a verdadeira Ju de lá de dentro.
A minha história mais os conhecimentos que eu adquiri ao longo dos anos tornaram o meu olhar sobre o outro diferente e me mostraram o quanto importante é a expressão visual. É ela quem diz ao outro um pouco sobre nós sem precisar dizer nenhuma palavra.
Agora atuo na área, ajudando mulheres que passam por crises de estilo, outras que tem muita vontade de ousar e não sabem como ou ainda aquelas que tem um estilo bastante alternativo e se sentem perdidas quando precisam adequar a um ambiente sem perder a personalidade. Todas com algo em comum, se reconectar com seu verdadeiro eu e se sentir segura em transmitir para o espelho e para o mundo.
